O segredo do Amor


Muito se fala hoje sobre amor. Vemos inúmeros filmes, novelas, livros que abordam direta ou indiretamente esse tema tão explorado pela religião e pelas artes. Contudo, nunca se banalizou tanto o amor e nunca se amou tão pouco. 


Por que tantos divórcios se os pais não escolhem mais com quem os filhos se casarão (como no passado), se as pessoas casam com quem desejam? Por que pais matam filhos e filhos matam pais com tanta frequência? Por que se mata um semelhante em uma discussão de trânsito? Por que o amor tem esfriado dessa forma ou produzido relacionamentos neuróticos que culminam em tragédia? 


Essas e inúmeras perguntas vêm à nossa mente enquanto assistimos aos noticiários ou somos informados de que algo semelhante aconteceu com alguém próximo a nós. Será que essas pessoas realmente amaram algum dia? O amor pode morrer ou degenerar-se desse jeito? Que tipos de amor existem? 


Definir um amor não é fácil. Muitos já tentaram. Há várias concepções filosóficas sobre o amor. E, mesmo que não conheçamos cada uma dessas teorias, elas estão implícitas nos O segredo do amor Elizete Malafaia contos de fadas que nossos filhos leem, nos desenhos e filmes a que assistem, nos livros que lemos, nas telenovelas que algum dia já vimos. Percebamos ou não, de alguma forma essas concepções estão em nossa mente e, em parte, explicam o que pensamos sobre o amor e o que esperamos dele. 


Por que afirmamos isso? Porque toda pessoa é um ser humano do seu tempo, influencia o meio em que vive e é por ele influenciado em maior ou menor grau. Isso é facilmente percebido na linguagem, no vestuário, nos hábitos e nos costumes dos povos ao longo dos anos. Não falamos, não vestimos, não nos comportamos como alguém do século XVIII. Tampouco pensamos como ele. Vivemos no século XXI e nos comportamos como tal. 


O desenvolvimento das ciências, seus experimentos e suas descobertas trouxeram uma nova luz à maneira como enxergamos o mundo e a nós mesmos como indivíduos e como pessoas que vivem coletivamente no mundo. Entendemos, por exemplo, que existe em nós — que é só nosso, subjetivo — a nossa personalidade, com seus dons e talentos, disposições inatas; que essa personalidade recebe influência dos relacionamentos e dos valores familiares, da sociedade, da cultura, da religião, da mídia. 


Com esse vislumbre da nossa situação e da influência que o mundo exerce sobre nós, podemos investigar que conceitos e valores têm pautado a nossa vida e os nossos relacionamentos. 


Será que o amor que temos nutrido é aquele que provém do coração de Deus para o nosso ou é algum tipo de amor que o homem, em cada época, com base no seu próprio entendimento, concebeu como bom, viável, verdadeiro, em sua tentativa de preencher o vazio que sente desde a Queda e o seu distanciamento do Criador? 


Essa é uma avaliação difícil, e não temos como apresentar aqui uma síntese de cada concepção de amor, confrontando suas distorções e fragilidades. Esse não é nosso objetivo com esta obra. Podemos apenas sinalizar que essas concepções existem e estão presentes em nossa cultura, oferecendo o olhar, o entendimento que os escritores bíblicos, inspirados por Deus, tinham sobre o amor, o que este representa na vida do homem, assinalando que a perversão dos propósitos divinos pelo pecado introduziu a operação de erro na mente humana, distorcendo suas capacidades cognitiva, afetiva e volitiva. 


Comecemos, pois, pelos tipos de amor presentes na Bíblia. http://www.construirnoticias.com.br/

SEMANA DA CRIANÇA - 2011